4 de set. de 2015

DF registra pela 1ª vez, em estação da Caesb, bactéria que causa cólera

A Secretaria da Saúde identificou pela primeira vez no Distrito Federal, em uma estação de tratamento de esgoto da Companhia de Saneamento Ambiental, a bactéria que transmite a doença da cólera. Apesar da presença do micro-organismo, o GDF garante que o risco de contaminação é baixo. A doença provoca diarreia, vômitos e desidratação intensa.

O programa de monitoramento da bactéria que transmite o cólera (a Vibrio cholerae) começou há dois anos. A Subsecretaria de Vigilância à Saúde monitora 14 estações de tratamento de esgoto da Caesb e um córrego que dá acesso ao aeroporto.


De acordo com um relatório elaborado pela secretaria no ano passado, em todas as 69 amostras coletadas o resultado deu negativo para a bactéria. Já em 2015, uma das 65 amostras apontou a presença da bactéria.

A amostra foi coletada na estação de tratamento da Caesb na Asa Norte. Por isso, a companhia informou ter intensificado coletas em seis pontos do DF (na Asa Norte, na Asa Sul, em Samambaia, Melchior e em dois pontos do Lago Paranoá).

A Vigilância Epidemiológica emitiu um alerta para hospitais do DF e profissionais de saúde. Os pacientes que chegarem com sintomas da doença vão ter de ser isolados e o caso deles passam a ser notificados.

De acordo com relatos bem antigos, a cólera estava presente desde os primeiros séculos da humanidade, causando diarreias agudas de aspecto semelhante à água de arroz, vômitos e, em casos mais acentuados, câimbras, perda de peso intensa e olhos turvos. Causada pela bactéria Vibrio cholerae, é uma doença com grande facilidade de dissipação.

período de incubação é de aproximadamente cinco dias. Vencendo a acidez estomacal, multiplica-se no intestino delgado de forma bastante rápida e, em razão de seus sintomas, pode causar desidratação, perda de sais minerais e diminuição acentuada da pressão sanguínea em curto espaço de tempo, com possibilidades de causar a morte das pessoas afetadas.

É transmitida pela ingestão da água, alimentos, peixes, frutos do mar e animais de água-doce contaminados por fezes ou vômito de indivíduo portador da doença, sem o devido tratamento. Mãos que tiveram contato com a bactéria ou mesmo moscas e baratas podem provocar a infecção por este patógeno. Esses últimos podem funcionar como vetores mecânicos, transportando o vibrião para a água e para os alimentos.

Na maioria dos casos, manifesta-se de forma assintomática e este é um dos principais motivos que facilitam sua propagação, já que este portador é capaz de transmitir a doença sem ao menos ter conhecimento deste fato. Apenas 10% das pessoas afetadas desenvolvem o quadro sintomático. Os pacientes liberam os vibriões em suas fezes por cerca de vinte dias.

Fonte:  http://g1.globo.com/distrito-federal/noticia/2015/09/df-registra-pela-1-vez-em-estacao-de-tratamento-de-agua-bacteria-da-colera.html


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