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Prof. José Roberto Lannes Abib, Farmacêutico Bioquímico, Conselheiro do CRF-RJ, Diretor Geral da PDC Saúde e Responsável Técnico do Laborafe da AFYA UNIGRANRIO. Notícias sobre o setor farmacêutico, saúde, política e informações gerais.
“Quatorze anos depois de implantadas, as diretrizes ficaram em descompasso com a realidade da profissão farmacêutica. E é muito natural que queiramos debater e aprovar uma proposta que harmonize as sugestões de todos os envolvidos com o ensino, em todo o País”, observou o Presidente do Conselho Federal de Farmácia (CFF), doutor Walter Jorge João.
Ele salientou que a profissão farmacêutica é, hoje, “uma grande família”, e que, unida, ela tem conquistado importantes avanços. Disse, ainda, que a profissão está muito lá na frente, enquanto as diretrizes ficaram estanques, revelando a realidade farmacêutica de 14 anos para trás. Desde a sua implantação, vieram a prescrição farmacêutica, a Lei 13.021/14, a regulamentação da saúde estética, entre outras conquistas.
Na abertura do fórum, a representante da Executiva Nacional dos Estudantes de Farmácia (Enefar), Cristiane Manuela da Silva, ressaltou a importância de se discutir o ensino farmacêutico com a participação dos acadêmicos, e pediu que os debates em torno do tema sejam permanentes, e não se dê apenas em fóruns, congressos e outros eventos. “Eu peço aos organizadores dos eventos que fortaleçam, cada vez mais, a participação dos estudantes de Farmácia”, concluiu.
A presidente da Sociedade Brasileira de Farmácia Comunitária (SBFC), Carmen Íris Tolentino, em entrevista ao site do CFF, pediu que as diretrizes contemplem um modelo de ensino que torne o farmacêutico mais antenado com o mercado e, para isto, os currículos precisam trazer, de forma obrigatória, disciplinas voltadas para a gestão e para o empreendedorismo, para motivar os farmacêuticos a serem proprietários de farmácias, mas de forma bem-sucedida.
Já o representante da Associação Brasileira de Ensino Farmacêutico (ABEF), Paulo Arrais, em seu breve discurso, fez questão de destacar a vasta representação reunida no fórum. O evento, lembrou, conta com representantes de todas as instâncias do ensino, que vão dos estudantes aos professores e coordenadores, e isto certamente irá gerar um debate amplo e proveitoso.
A proposta em análise define, em seu Artigo 1º, o perfil do egresso dos cursos de Farmácia como “o profissional da saúde preparado para atuar no cuidado com o indivíduo, da família e da comunidade, com formação centrada na assistência farmacêutica, no conhecimento dos fármacos, dos medicamentos, de outros produtos para a saúde, de forma integrada às análises e toxicológicas, aos alimentos e aos cosméticos. A formação deve ser pautada em princípios éticos e científicos, capacitado para o trabalho nos diferentes níveis de complexidade do sistema de saúde, por meio de ações de prevenção de doenças, de promoção, proteção e recuperação da saúde, bem como na pesquisa e desenvolvimento de serviços e de produtos para a saúde”.
Dada à necessária articulação entre conhecimentos, habilidades e atitudes, a formação farmacêutica, de acordo com a proposta (Artigo 3º), deve estar estruturada em três eixos para contemplar o perfil do egresso: Cuidado em Saúde; Tecnologia e Inovação em Saúde; e Gestão em Saúde. Cada um desses eixos temáticos foi apresentado no plenário e votado pelos participantes.
O presidente do CFF fez questão de realçar que o projeto a ser debatido não pertence a nenhuma instituição, pois traduz a vontade de todos, por meio de um processo democrático. “Tudo o que concerne à profissão farmacêutica deve ser resultado da vontade da maioria”, afirmou Walter Jorge, adiantando que, assim que for aprovada, entregará em mãos a proposta ao presidente recém-nomeado do Instituto Nacional de Ensino e Pesquisa (Inep), Luiz Roberto Liza .
Fonte:http://crf-rj.org.br/portal/noticias/crf-rj-em-acao/1976-representantes-do-rio-participam-do-ii-forum-nacional-de-diretrizes-curriculares-nacionais.html
Entre outros objetivos, os pesquisadores queriam checar a real dimensão da explosão de casos nos últimos meses. Contestações sobre o tamanho da epidemia surgiram nos meios científicos e acadêmicos. A suspeita é que o aumento exagerado de casos poderia ser reflexo de uma eventual subnotificação histórica, uma vez que a malformação só passou a ser de registro obrigatório no país no fim do ano passado.
Até então, a notificação de casos de microcefalia, embora não fosse compulsória, era feita no Sistema Nacional de Nascidos Vivos (Sisnac). Só que o banco de dados usa parâmetros mais rigorosos para caracterizar a microcefalia: 30,3cm para meninas e 30,7cm para meninos. As medidas adotadas pelo governo, após a declaração da epidemia, são mais abrangentes. O primeiro critério foi de 33cm, ajustado para 32cm e, por último, estabelecido em 31,9cm para meninos e 31,5cm para meninas.
Diante da diferença de parâmetros, os pesquisadores passaram a reavaliar os casos notificados no âmbito da epidemia e, portanto dentro dos critérios mais largos, para ver quantos se encaixavam nas regras mais restritas do Sisnac. Foi dessa forma que chegaram aos 574 casos da malformação severa. O número, entretanto, pode ser maior, porque a amostra analisada no estudo refere-se às notificações feitas de 2015 a 7 de janeiro de 2016. No entanto, a cada boletim semanal divulgado pelo governo, os registros de casos suspeitos não param de crescer.
Na avaliação dos pesquisadores, os resultados mostraram que há, de fato, um aumento expressivo de casos de microcefalia no país, considerando-se que 574 registros em 2015 são quase cinco vezes mais que a média anual verificada no Sisnac entre 2000 e 2014 (157 notificações da malformação congênita). Para Claudio Maierovitch, diretor do Departamento de Vigilância de Doenças Transmissíveis do Ministério da Saúde, o estudo acaba com qualquer dúvida sobre a explosão de casos:
— Certamente tínhamos uma certa subnotificação, mas esse trabalho mostra que houve um aumento enorme de casos de microcefalia, mesmo quando usamos os mesmo critérios de classificação (de antes e depois da epidemia).
Dos 574 casos, 58,5% eram de meninas. Essa prevalência da doença entre os bebês do sexo feminino tem sido informada pelos estados, Os casos de malformação congênita grave ocorreram em 19 unidades da federação.
Fonte: http://oglobo.globo.com/rio/pesquisa-identifica-574-casos-de-microcefalia-severa-no-pais-18915943