Após mais de 120 dias de paralisação, decisão foi tomada após votação em assembleia no campus Gragoatá
Paralisação dos servidores da universidade já ultrapassava 120 dias.
Foto: Evelen Gouvêa
A greve dos professores da Universidade Federal Fluminense (UFF) terminou após mais de 120 dias de paralisação. A decisão foi tomada após votação em assembleia realizada, na tarde desta terça-feira, no campus Gragoatá. Com mais de 560 professores presentes, a maioria decidiu pelo retorno às atividades, que acontece na próxima segunda-feira, dia 5. Foram 464 votos a favor e 94 contra, com apenas 9 abstenções.
O vice-presidente da Associação dos Docentes da Universidade Federal Fluminense (Aduff), Gustavo Gomes, comemorou o desfecho da assembleia. Para ele, diante do cenário de ajuste fiscal, os acordos firmados com a direção da Universidade foram uma conquista.
“Consideramos que diante do panorama de crise econômica, ter conseguido negociar reajuste salarial em 10,8%, concessão de aumento em torno de 300% do auxílio-creche, que estava praticamente congelado; além dos reajustes do auxílio saúde, foi uma vitória. Mas também deixamos claro que é insuficiente a longo prazo. Vamos mais para frente organizar uma greve geral com os trabalhadores de outros setores para protestar contra os direitos sociais que estão sendo suprimidos com o ajuste fiscal”, afirmou Gustavo, que lembrou que algumas reivindicações da categoria ainda continuam sem um posicionamento como o retorno dos concursos públicos para docentes já aprovados pelo Ministério da Educação (MEC).
Apesar da categoria ter decidido pelo fim do movimento grevista, técnicos e demais servidores da universidade mantêm a paralisação. Ligia Martins, integrante da coordenação do Sindicato dos Trabalhadores da UFF (SintUFF), reiterou que o retorno dos docentes em nada influencia o movimento dos servidores, já que as reivindicações do grupo dependem de negociações com o Governo Federal.

Apesar da categoria ter decidido pelo fim do movimento grevista, técnicos e demais servidores da universidade mantêm a paralisação. Ligia Martins, integrante da coordenação do Sindicato dos Trabalhadores da UFF (SintUFF), reiterou que o retorno dos docentes em nada influencia o movimento dos servidores, já que as reivindicações do grupo dependem de negociações com o Governo Federal.
“Já fizemos greve sem a participação dos professores. Lá na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), por exemplo, os docentes já retomaram as aulas há um tempo e os técnicos continuam em paralisação. São categorias diferentes. Nesta quarta haverá uma reunião no Ministério do Planejamento, em Brasília, para discutir a condução da nossa greve. Somente o governo aprovando a nossa pauta, é que retornaremos”, afirmou.
De acordo com representantes da Aduff, será montado um comitê de mobilização permanente que irá mapear as necessidades de alunos e professores neste retorno às atividades. Segundo eles, há um contingente de funcionários terceirizados e de servidores que não aderiu à greve e que poderão dar o suporte mínimo para as aulas. Ainda de acordo com a Associação, o calendário letivo passará por ajustes com a Reitoria para que haja a reposição integral das aulas sem prejudicar os estudantes.
De acordo com representantes da Aduff, será montado um comitê de mobilização permanente que irá mapear as necessidades de alunos e professores neste retorno às atividades. Segundo eles, há um contingente de funcionários terceirizados e de servidores que não aderiu à greve e que poderão dar o suporte mínimo para as aulas. Ainda de acordo com a Associação, o calendário letivo passará por ajustes com a Reitoria para que haja a reposição integral das aulas sem prejudicar os estudantes.
Fonte: OFluminense
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