Exames detectaram toxina diarreica e alta contagem de algas produtoras.
Com isso, está proibida retirada, venda e consumo de 4 tipos de moluscos.
Com isso, a retirada, a comercialização e o consumo desses moluscos está proibida no estado até que a situação se normalize.
“A interdição de todo o litoral catarinense acontece para preservar a saúde pública, já que existe a possibilidade de a contaminação dos moluscos bivalves estar ocorrendo de forma generalizada”, explicou a secretaria, em nota.
No ser humano, a toxina Diarreicapode provocar diarreia, náuseas, vômitos e dores abdominais. os sintomas se manifestam em poucas horas após a ingestão de moluscos contaminados. A recuperação leva entre dois e três dias.
Exames
Segundo a pasta, exames laboratoriais feitos nos últimos dias pelo Laboratório Laqua-Itajaí/IFSC detectaram a presença da toxina diarreica na localidade da Caieira da Barra do Sul, em Florianópolis, e alta contagem de algas produtoras dessas toxinas nas localidades de Enseada do Brito, em Palhoça, Ganchos de Fora, em Governador Celso Ramos, ambas na Grande Florianópolis, e Laranjeiras, em Balneário Camboriú, no Litoral Norte.
Ainda segundo a secretaria, novas coletas de ostras e mexilhões serão realizadas para monitoramento das áreas de produção. “Os resultados dessas análises definirão a liberação ou manutenção da interdição das áreas afetadas”, diz a nota da secretaria.
A expectativa é de que as toxinas desapareçam em alguns dias e que isso não gere prejuízo financeiro para os maricultores, informou a pasta. O G1 entrou em contato com a Associação Catarinense de Aquicultura, e aguarda retorno.
Os últimos episódios de toxinas no litoral catarinense ocorreram em 2014, 2008 e 2007.
Maricultores deixam de vender
Dono de uma fazenda de ostras na Caieira da Barra da Sul, Vinícius Marcos Ramos conta que sua área está interditada desde segunda-feira (23). "A cadeia produtora já se organiza para isso", conta ele, que enfrentou um período de interdição há dois anos. "Essas notícias a gente até prefere esquecer", brinca.
"Isso acontece sempre que a água fica muito limpa. Quanto mais cristalina, maior incidência de raios solares, e as algas se proliferam", conta Vinícius. Segundo o produtor, a cada dia de interdição, ele deixa de vender entre 500 e 600 dúzias de ostras.
"Só deixamos de vender, mas temos de ser responsáveis", diz Vinícius. "A toxina em si não faz mal para a ostra, mas faz para o ser humano".
Ele estima que a liberação deva ocorrer entre sexta-feira e sábado, já que as interdições costumam durar até 72 horas.
Maior produtor do país
Atualmente, Santa Catarina é responsável por 95% da produção de todos os moluscos consumidos no Brasil. Em 2014, foram 21.553,6 toneladas. O governo calcula que o lucro anual total dos produtores catarinenses seja equivalente a R$ 70 milhões.
A capital catarinense é considerada da maior produtora de ostras, com 2.700 toneladas, bem como de vieiras, 20 toneladas. Já Palhoça detém a maior produção de mexilhões, com 12.600 toneladas.
Fonte: http://g1.globo.com/sc/santa-catarina/noticia/2016/05/toxina-interdita-areas-de-cultivo-de-ostras-e-mexilhoes-no-litoral-de-sc.html
Nenhum comentário:
Postar um comentário