A Polícia Civil deteve na quinta-feira (19) o dono de uma farmácia suspeito de vender medicamentos de uso controlado sem prescrição médica, em Goiânia. Com ele foram apreendidos carimbos de médicos e dezenas de receitas falsas. Segundo o delegado Webert Leonardo, o homem, de 42 anos, confessou que utilizava o material falso para prestar contas dos medicamentos à Vigilância Sanitária.
"Trata-se de uma ação extremamente perigosa para a saúde da população e temos que coibir. Ele alegou para gente que fazia isso para não perder vendas, que a crise econômica afetou os rendimentos da farmácia e que não viu outra forma a não ser comercializar os produtos sem a receita", relatou o delegado.
O comerciante foi detido na farmácia dele no Jardim Itaipu, região sudoeste de Goiânia. A autuação faz parte da Operação Tarja Preta e foi feita pela Delegacia Estadual de Repressão a Crimes Contra o Consumidor do Estado de Goiás (Decon), em parceria com a Vigilância Sanitária de Goiânia. De acordo com o delegado, o material apreendido estava dentro do carro do suspeito, estacionado próximo ao estabelecimento.
"Ele guardava os carimbos e as receitas dentro do veículo para despistar possíveis fiscalizações na farmácia. Nossos agentes bastante atentos tiveram a perspicácia de pedir para averiguar o carro. Lá, encontraram os carimbos dentro do porta-luvas e várias caixas de remédio de uso controlado no porta-malas", explicou Leonardo.
Conforme a investigação, o comerciante utilizava receitas legais, apresentadas por clientes, para pegar dados dos médicos e confeccionar os carimbos. Em posse dos objetos falsificados ele preenchia receitas médicas quando o cliente buscava comprar algum produto sem prescrição médica.
O homem foi detido e conduzido à Decon, onde prestou depoimento e foi liberado. "Este tipo de crime, quando não feito em flagrante, o suspeito é conduzido para prestar depoimento e aguarda o processo em liberdade. Temos que fazer várias diligências agora, ouvir os médicos cujos nomes estão no carimbo para que possamos dar prosseguimento ao caso", explicou.
Segundo o delegado, o comerciante já tinha uma passagem na polícia por violência contra mulher e agora deve ser indiciado por falsificação de documentos e crime contra as relações de consumo. Se condenado, ele pode pegar até 11 anos de prisão.
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