Um dos entendimentos é para o desenvolvimento de um tipo específico de medicamentos, os biológicos, que possuem material vivo.
O acerto deve facilitar a produção de remédios oncológicos e antirreumáticos, diz Juliana Vallini, assessora de assuntos internacionais do Ministério da Saúde.
Hoje, os medicamentos biológicos representam um volume de 4% dos remédios adquiridos pelo SUS, mas ficam com uma fatia de 51% do orçamento destinado a compras desses produtos.
A ideia é começar parcerias pelas quais o governo brasileiro comprará produtos de empresas farmacêuticas alemãs. Em contrapartida, eles se comprometem a transferir a tecnologia para laboratórios estatais do Brasil, como o Instituto Fiocruz, em Manguinhos, no Rio.
O modelo é semelhante às parcerias de desenvolvimento produtivo. Neste ano, foram assinados 11 acordos como esse em medicamentos, sendo 6 biológicos, cujos contratos somam R$ 1,3 bilhão.
Pelo entendimento firmado com a Alemanha, "além de transferência de tecnologia, existe a possibilidade de formação e capacitação de profissionais dos laboratórios nacionais", diz Vallini.
Outra parte do acordo envolve a Anvisa. A agência brasileira irá ter acesso ao órgão semelhante da Alemanha para estudar como esse funciona, "para melhorar a eficiência e dar agilidade à Anvisa."
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