Agora, os hospitais da província de
Buenos Aires, a maior da Argentina, terão de contar com palhaços nos hospitais
para humanizar o tratamento com crianças doentes, de acordo com uma nova lei
promulgada na última quarta-feira.
Cada serviço de terapia pediátrica
deverá oferecer 'palhaços hospitalares'.
"O palhaço de hospital será aquela
pessoa especialista na arte de ser palhaço e que reúna as condições e
requisitos para o desenvolvimento dessa tarefa em hospitais públicos provinciais
e municipais", diz a lei, que não especifica se o palhaço precisa
necessariamente ser um médico.
'Desdramatizar'
Segundo a ONG Payamédicos, existem cerca de 2 mil profissionais
realizando essas tarefas em centros médicos da Argentina e do Chile com narizes
laranjas – o vermelho lembra o sangue, dizem – e roupas que se assemelham aos
jalecos dos médicos.
Entre os objetivos dos palhaços está contribuir para a saúde emocional
do paciente hospitalizado, 'desdramatizar' o espaço de tratamento e oferecer momentos
de distracção através do riso, da música e da fantasia.
Há anos, os "payamédicos" trabalham no Hospital das Crianças e
em outros centros hospitalares de Buenos Aires.
"A capacidade do riso melhora o ato médico e isso tem sido
comprovado cientificamente que o córtex cerebral libera impulsos elétricos
negativos um segundo depois que começamos a rir e que, quando rimos, o cérebro
emite informações necessárias para ativar a liberação de encefalinas (que
aliviam a dor", segundo um dos autores da lei, Darío Golía.
No Brasil, ainda não há uma lei específica sobre isso, mas existem
diversos projetos espalhados pelo país com o intuito de levar alegria a
pacientes nos hospitais.
O Doutores da Alegria é o maior deles, que existe há 23 anos e leva
palhaços para hospitais em todo o país para qualificar a experiência de
internação dos doentes. O Hospitalhaços é outro projeto similar, que reúne
palhaços com esse mesmo objetivo desde 1999.
fonte; http://www.bbc.com/portuguese/noticias/2015/08/150822_palhacos_hospitais_argentina_rm
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