13 de dez. de 2016

Amostras de sangue são jogadas fora irregularmente por laboratório em MS

O Ministério Público de Mato Grosso do Sul (MP-MS) entrou com uma ação para tentar resolver problemas em um laboratório público de Campo Grande. As irregularidades são as mais variadas. Entre elas, amostras de sangue são jogadas fora sem a realização dos exames e os pacientes não são avisados.
Resultado de imagem para tubos com sangueTV Morena entrou em contato com a prefeitura e pediu posicionamento sobre os problemas apontados, mas não obteve retorno.
O corretor de imóveis Carlos Corrêa passou mal e procurou o médico, que pediu vários exames. Isso foi em setembro, mas até hoje ele não recebeu os resultados.
O problema, segundo a prefeitura admitiu ao Ministério Público, é a falta de reagentes, o material usado para fazer os exames. De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde Pública (Sesau), a compra de mais material está parada no setor de licitações.
Mas esse é só um dos problemas, outros são bem mais graves. É até difícil acreditar que um prédio com problemas na infraestrutura abrigue um laboratório de análises clínicas. A sede do Labcen de Campo Grande está com a fachada caindo aos pedaços.
A falta de infraestrutura também aparece do lado de dentro. A equipe da TV Morena conseguiu entrar no local com uma câmera escondida, que mostra a precariedade do local onde se trabalha sangue, um material biológico sensível. Várias janelas estão enferrujadas. Em uma sala, o ar-condicionado não tem a menor condição de uso.
Segundo laudo do Conselho Federal de Farmácia, as condições do laboratório colocam em risco a saúde dos funcionários e não dão garantia de que os resultados dos exames feitos sejam corretos.
O Ministério Público entrou com ação na Justiça dando 30 dias para a prefeitura comprar os reagentes e dois meses para que os problemas sanitários do prédio sejam resolvidos. O município também vai ter que apresentar um cronograma de obras para construir outro prédio e tirar o laboratório de lá.
O Labcen fazia 270 mil exames por mês. Com a falta de material adequado, a prefeitura informou à promotora que está terceirizando cerca de 175 mil em dois laboratórios. Mas os exames de imunologia, para doenças como Aids e hepatite, não estão sendo realizados. Centenas de tubetes de sangue são jogados fora, no lixo, todos os dias. Os pacientes, que esperam há meses pelos resultados, não sabem que nunca vão ser atendidos.
fonte: http://g1.globo.com/mato-grosso-do-sul/noticia/2016/12/amostras-de-sangue-sao-jogadas-fora-irregularmente-por-laboratorio-em-ms.html

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