Foi Charles Darwin quem primeiro falou da teoria da evolução. Para sobreviver, os seres vivos se adaptam ao meio ambiente, adquirindo ou eliminando recursos que lhes permitam deixar mais descendentes.
A seleção natural é o princípio básico que o cientista explica em sua aclamada obra A origem das espécies.
O corpo humano é o resultado de milhões de anos de evolução, mas, mesmo assim, não é perfeito. Existem algumas partes do nosso corpo que não usamos mais, mas que ainda estão lá. Pelo menos por enquanto.
Confira cinco delas.
1. Músculos para as orelhas
Você é capaz de mover os ouvidos sem tocá-los?
Há pessoas que podem fazê-lo porque ainda têm um gene que determina a existência de três músculos ao redor das orelhas: o anterior, o posterior e o superior.
Hoje isso é inútil, mas, há milhares de anos, era importante poder direcionar as orelhas e afiar o ouvido. Diz-se que os humanos perderam essa habilidade porque, sem predadores à vista e sem a necessidade de caçar, não precisamos deste recurso.
No entanto, isso ainda é feito por muitos animais. Os gatos, por exemplo, são capazes de mover seus ouvidos de forma independente para capturar ruídos vindos de direções diferentes.
2. O cóccix
O cóccix está no final da medula espinhal e é um remanescente da cauda que ajudava os nossos antepassados a se equilibrarem.
Agora que ficamos de pé, não precisamos mais deste suporte. Ainda assim, o osso nos ajuda a manter o conforto quando estamos sentados e é um importante ponto de ancoragem entre nossos músculos.
3. O apêndice
Com formato de meia, o apêndice é uma pequena porção do sistema digestivo que está localizada na parte inferior direita da barriga, entre os intestinos delgado e grosso.
O aparelho não cumpre uma função clara na digestão. Pode ter sido útil, em algum momento, para nos ajudar a digerir folhas ou na recuperação de uma infecção, mas os cientistas ainda não sabem qual foi a sua função específica.
O apêndice pode inflamar, levando a uma condição dolorosa: a apendicite, que é bastante comum e faz com que muitas pessoas removam o órgão.
4. Dentes sisos ou 'do juízo'
Nós temos dentes com formatos diferentes porque eles desempenham distintas funções. Os incisivos, na frente da boca, ajudam a cortar pedaços de comida; os caninos, pontiagudos, rasgam alimentos mais desafiadores, como as carnes; e os molares servem para que a comida chegue a uma textura que possibilite a digestão.
Mas existe um tipo de dente sem o qual poderíamos viver bem: os sisos. Eles estão na parte traseira da mandíbula e se desenvolvem à medida que envelhecemos - por isso são conhecidos popularmente como "dentes do juízo". Eles geralmente aparecem quando chegamos à idade adulta.
Nossos ancestrais os usavam para mastigar plantas, mas hoje não precisamos deles.
O problema que geram é de espaço. Não temos lugar sobrando para eles em nossas mandíbulas, o que significa que eles geralmente empurram os outros dentes - e isso pode ser muito doloroso.
A razão de não haver espaço suficiente é fato de que o cérebro cresceu ao longo do tempo, modificando o formato da nossa cabeça.
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