22 de nov. de 2017

Para reduzir gastos, gestão Temer quer rever distribuição de remédio


Um dos mais conhecidos programas do Ministério da Saúde, o Farmácia Popular, iniciativa que oferta medicamentos gratuitos ou com até 90% de desconto, deve passar por mudanças. Para o setor farmacêutico, as medidas o colocam em risco.
Após fechar cerca de 400 farmácias da rede própria que mantinha no programa, o governo quer agora mudar o modelo de pagamento para farmácias particulares credenciadas. Hoje, há cerca de 30 mil estabelecimentos que ofertam os medicamentos no Aqui Tem Farmácia Popular, nome dado ao eixo do programa na rede particular.
Unidade de Farmácia Popular em Sobradinho, região metropolitana de Brasília, que fechou sem aviso prévio e deixou a população desassistida.
Para o ministro Ricardo Barros (Saúde), o objetivo é reduzir gastos, tidos como mais altos do que na compra centralizada de remédios no SUS.
Representantes do setor e sanitaristas, porém, dizem que as novas propostas colocam o programa em xeque.
Hoje, farmácias recebem um reembolso do governo a cada produto dispensado, com base em uma tabela de valores de referência pré-definidos para cada um deles.
O governo quer renegociar esses valores. De acordo o ministro, a ideia é propor um novo cálculo, definido por um preço base no atacado e 40% de margem para compensar os custos de aquisição e distribuição dos produtos.
Hoje, não há uma margem padrão, o que leva à diferença de valores, justifica.
"Vamos atualizar os preços para esse momento de mercado", disse à Folha.
"Se fizemos essa margem, economizaremos R$ 600 milhões ao ano." O programa, criado em 2004 no governo Lula, custa R$ 2,7 bilhões.
Há ainda um modelo alternativo em estudo, semelhante ao aplicado nas lotéricas.
Neste caso, as farmácias receberiam um valor fixo pelo procedimento de entrega do medicamento, não importa qual deles entregou. Neste caso, os medicamentos seriam do Ministério da Saúde.
As mudanças, porém, dependem de negociação com o setor. Segundo Sérgio Barreto, da Abrafarma, associação que reúne as redes de farmácias, os preços sugeridos na proposta, e que preveem redução  de até 60%, não compensam os custos.
"Estão partindo de uma base que não está correta. Não consigo receber menos do que paguei para a indústria."
Para ele, a medida pode inviabilizar o programa.
Posição semelhante tem representantes da indústria. "Nos parece perigoso que um dos poucos êxitos seja posto em xeque e ameaçado", diz Antônio Britto, da Interfarma (Associação da Indústria Farmacêutica de Pesquisa).
Para ele, não é possível comparar o valor de compras do SUS com o do Farmácia Popular, por serem situações e volumes diferentes de compra –o Ministério tem citado o exemplo da insulina, que custa R$ 10 o frasco SUS e R$ 26 no reembolso.
"Estamos preocupados. Qualquer redução nos valores pode sim causar problemas ao programa, porque não tivemos reajustes nos últimos anos", diz Nelson Mussolini, do Sindusfarma.
À Folha o ministro afirma que, caso não haja um acordo, a pasta pode voltar a distribuir todos os medicamentos da lista apenas no SUS. "Se não quiserem fazer nessa margem que estamos propondo, vamos centralizar a compra e fazer a entrega na nossa rede, que já está paga."
Neste caso, diz, os valores pagos ao programa seriam direcionados a complementar as verbas de assistência farmacêutica, assim como ocorreu no fechamento das unidades próprias. Questionado se isso não indicaria o fim do programa, ele minimiza.
"Tem 1.500 municípios do Brasil que não têm Farmácia Popular nem rede própria nem conveniada. E nem por isso deixam de receber os medicamentos", diz ele, que nega prejuízos à população no acesso a remédios. "O que afeta o acesso é pagar caro por algum medicamento."a 
Já Arthur Chioro, que foi ministro da Saúde na gestão Dilma Rousseff, tem visão oposta. "O que observamos em relação ao Farmácia Popular é uma desmontagem do programa", afirma ele, que lembra que o programa foi criado para aumentar o acesso a medicamentos para doenças mais comuns e, assim, reduzir custos com internação.

"O Farmácia Popular não substitui o SUS. Ele foi pensado para dar retaguarda a usuários de planos que não têm garantia de cobertura de medicamentos, que tem peso significativo sobre o orçamento das famílias", diz.
"Extinguir o Farmácia Popular é colocar todo mundo em concorrência no SUS novamente", completa.
ACESSO
Pacientes que utilizam o Farmácia Popular afirmam terem sido pegos de surpresa com o fechamento das unidades próprias do programa e relatam dificuldades de acesso a medicamentos no SUS.
No Distrito Federal, a única unidade da rede própria que ainda havia do programa, em Sobradinho, foi fechada em 28 de agosto.
Restouum aviso em papel, que comunica o "encerramento das atividades da Farmácia Popular do Brasil".
Foi com ele que se deparou o aposentado José Aparecido dos Santos, que buscava no local medicamentos para diabetes, hipertensão, entre outros. "Simplesmente cheguei aqui e estava fechada."
Desde então, usuários como ele se queixam da falta de informações sobre o fechamento e sobre onde ainda é possível retirar medicamentos antes disponíveis na rede.
O maior impasse é o fato da lista de remédios ser menor nas redes particulares credenciadas ao Farmácia Popular em relação ao que era disponibilizado nas unidades próprias –enquanto a primeira tem 32, a anterior disponibilizava 112.
Foi o que ocorreu com a técnica de laboratório Maria de Fátima Soares, 54, que pegava com o filho medicamentos para efeitos da artrite e tratamento de gota (no caso específico, ácido fólico e prednisona), na unidade de Sobradinho.
De R$ 1,60 que pagava pelo que precisava na rede própria devido aos descontos, agora paga entre R$
15 e R$ 34 em farmácias particulares –os medicamentos não constam na lista da rede credenciada. "Ninguém acreditou quando fechou", relata ela, que trabalha ao lado da antiga unidade.
O Ministério da Saúde afirma que todos os remédios que eram distribuídos nas unidades próprias também estão disponíveis no SUS.
Na prática, há reclamações. Santos, por exemplo, relata que, após o fechamento, nem sempre encontra o que precisa no posto de saúde. "Agora tenho que ir no posto, e quando não tem, tem que comprar", diz.
Funcionários de unidades de saúde do DF ouvidos pela Folha confirmam casos de falta de alguns medicamentos, sobretudo dos mais indicados, como omeprazol (para problemas de estômago) e sinvastatina (para reduzir níveis de colesterol).
Ao saber do fechamento, a dona de casa Maria Ricarda Pereira, 71, correu para adiantar as receitas médicas e obter os medicamentos. Um dos que já utilizou, o cloridrato de verapamil, diz, não consta nas farmácias credenciadas. Agora, busca os medicamentos na unidade de saúde, onde também faz acompanhamento.
A distância, porém ficou maior. "Antes, vinha a pé. Agora, tenho que pedir para minha filha me deixar aqui para buscar", conta.
Para Mailza dos Santos, 48, o programa era uma opção para os momentos em que não havia medicamento no posto de saúde. "Quando não tinha, pegava aqui", diz.
OUTRO LADO
Questionado, o Ministério da Saúde afirma que direcionou todos os R$ 100 milhões antes gastos com as unidades próprias do Farmácia Popular para aumentar a oferta de medicamentos na rede pública.
A pasta atribui o fechamento ao fato de que só 20% dos cerca de R$ 100 milhões gastos com essas unidades era para compra e distribuição de remédios. O restante era para custos operacionais.
Sobre os relatos de falta de medicamentos, afirma que o monitoramento das unidades cabe aos municípios.
Em nota, a secretaria de saúde do Distrito Federal informa que trabalha para manter os estoques abastecidos, mas admite que pode haver "faltas pontuais" de alguns medicamentos na rede.
"Eventualmente, podem ocorrer faltas pontuais, mas todos os citados estão em processo de aquisição, em diferentes fases dos processos licitatórios."
Questionada, a pasta diz ainda que já foi possível observar um aumento recente na demanda por remédios básicos nas unidades de saúde após o fechamento da Farmácia Popular.
Entretanto, "por se tratar de uma mudança recente, ainda não foi possível contabilizar tal valor", informa.

Abrafarma oferece palestras e minicursos de graça para profissionais de Brasília

A Associação Brasileira de Redes de Farmácias e Drogarias (Abrafarma) convidou os farmacêuticos de Brasília a participar do Road Show Care Center. Trata-se de um evento de caráter científico, gratuito, destinado aos profissionais das redes de farmácias da Abrafarma, bem como convidados. A programação incluirá palestras relacionadas aos serviços farmacêuticos e minicursos de habilidades clínicas. A atividade compõe o projeto “Assistência Farmacêutica Avançada”, cujo objetivo é a implantação de novos serviços nas redes de farmácias desta Associação.

O evento ocorrereu em Brasília, Centro de Eventos e Convenções Brasil 21 – Sala Santa Cruz – SHS – Quadra 06 – Conjunto A Lote 01 – Asa Sul, no dia 10 de Novembro próximo, a partir das 08h com programação de 1 dia, com 400 vagas.

Professor José Roberto Lannes Abib, parabenizar a Abrafarma pela excelente iniciativa, que eventos como este seja ampliado para todo o território nacional.
Fonte: Abrafarma

20 de nov. de 2017

Veja o ranking dos medicamentos mais vendidos no Brasil, em 2016.


Veja o ranking dos medicamentos mais vendidos no Brasil, em 2016.  



1º Lugar : DORFLEX, com 470,7 milhões de reais



Fonte INTERFARMA .

10 de nov. de 2017

Dr. José Roberto Lannes Abib apresenta projeto de Lei para Presidente da Câmara de Niterói

Dr. José Roberto, presidente da Comissão Parlamentar e diretor secretário-geral do CRf-RJ, apresentou ao Presidente da Câmara Municipal de Niterói, o vereador Paulo Bagueira, o Projeto de Lei Municipal que regulamenta a Prescrição Farmacêutica e Exames complementares no âmbito municipal.

Durante o encontro o vereador Paulo Bagueira se comprometei a apresentar a proposta para a comissão de saúde da Câmara. O projeto tem o objetivo de reafirmar e garantir as atuações clínicas dos farmacêuticos em prol da saúde da população.

8 de nov. de 2017

Prescrição farmacêutica agora é Lei em Duque de Caxias

No dia 16 de outubro de 2017 foi sancionada a LEI 2861/17, que dispõe sobre a prescrição de medicamentos por farmacêuticos das unidades de saúde do Município de Duque de Caxias e dá outras providencias, tais como solicitar exames complementares.



Em início de junho, Professor José Roberto Lannes Abib, presidente da comissão parlamentar, procurou o amigo e vereador Wendell Oliveira do Nascimento, o segundo mais votado em Caxias, apresentando o projeto de Prescrição e Solicitação de exames complementares pelos farmacêuticos da rede SUS.

O vereador se comprometeu a lutar pela aprovação do projeto, feito isso e honrando o prometido, o projeto tramitou de forma muito rápida dentro da Câmara Municipal de Caxias.
A votação ocorreu durante o 9º RioPharma na Universidade Unigranrio no dia 21 de setembro na Câmara Municipal, e foi aprovado por 100% dos vereadores presentes.

O Vereador Wendell Oliveira do Nascimento fez questão de trazer pessoalmente hoje uma cópia da lei 2861/17 devidamente assinada pelo Prefeito Dr. Washington Reis de Oliveira, e aproveitou a oportunidade para mais uma vez se colocar à disposição da classe farmacêutica.

7 de nov. de 2017

Trabalhando pela Prescrição Farmacêutica e a solicitação de exames laboratoriais.


Estou trabalhando no CRF-RJ, pensando única e exclusivamente no futuro da profissão, então amigos não vou entrar em nenhuma discussão onde o foco seja político.
Detesto este tipo de baixaria!
Quem me conhece sabe que sou do bem, e tenho por hábito ouvir e sempre que possível ajudar, dentro da legalidade e moralidade.
Ganhar ou perder faz parte da democracia, assim caminharei com as minhas convicções e continuarei trabalhando principalmente para aprovar a prescrição farmacêutica e os exames complementares nos municípios.
Já obtivemos duas vitorias, no município de Duque de Caxias e em Cambuci, mais o caminho até o reconhecimento pleno como profissional de saúde ainda vai demorar.
Agradeço o carinho a amizade e a lealdade dos amigos, podem contar sempre com o amigo de sempre! Meu telefone particular com WhatsApp é 21 994976074 e o e-mail jroberto@lannesabib.com
Sou Compromisso Farmacêutico Chapa 1, pois acredito nas pessoas e no compromisso de nossas proposta que registramos em cartório pela chapa 1.
Lembrando que já cumprimos rigorosamente todos as propostas registradas em cartório da última gestão.
Estaremos de porta aberta, ouvindo as queixas e elogios dos colegas, tentando sempre melhorar para que possamos ter um conselho cada vez mais transparente e acessível aos colegas, aliás o Conselho é, e será sempre a nossa casa.
Venha você também fazer parte desta grande família que tem o "Compromisso Farmacêutico" como compromisso de valorizar o profissional farmacêutico, venha e contribua ativamente com a diretoria nos próximos 2 anos, as suas propostas e contribuições serão sempre bem vindo.